sábado, 19 de setembro de 2009

Gravidez com esclerose múltipla -Parte 3 - Conduta no serviço.

Desde a criação do Centro de Referência para Esclerose Múltipla (CEREM) do litoral paulista pelo acordo entre a Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) e a DIR XIX da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em janeiro de 2002, duas pacientes engravidaram e outras solicitam orientação quanto a possíveis gestações. Atendemos a região do litoral do Estado de São Paulo a partir de Bertioga até a fronteira com o Paraná. Temos atualmente 153 pacientes cadastrados em nosso serviço, sendo 112 mulheres.
O Departamento de Neurologia e o Departamento de Saúde da Mulher da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos têm seguido criteriosamente as recomendações do BCTRIMS e da ABN(14-17) em relação ao tratamento da EM de pacientes que pretendem engravidar e em pacientes grávidas, conforme discutido acima.
Desde a criação do CEREM Litoral Paulista, duas portadoras de EM engravidaram enquanto em uso de imunomoduladores. Ambas eram seguidas por médicos neurologistas particulares e estavam cadastradas no CEREM Litoral Paulista para obtenção dos medicamentos de uso excepcional. Uma das pacientes, que pretendia engravidar, estava em uso de acetato de glatirâmer também por recomendação de seu neurologista. A outra paciente, que não pretendia mais ter filhos, estava em uso de interferon beta, sendo este mudado para acetato de glatirâmer pelo médico neurologista que a assistia.
Ambas as gestações, assim como os partos e puerpérios, cursaram sem intercorrências, tendo as crianças nascido com peso e altura normais, sem malformações.

FONTE:

Esclerose múltipla e gravidez ( Multiple sclerosis and pregnancy )

Luis Roberto Araújo Fernandes1, Rodrigo Pinto Fernandes2, Yara Dadalti Fragoso3, Umberto Gazi Lippi4


1 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
2 Acadêmico de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
3 MD, MSc, PhD, Departamento de Neurologia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
4 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.

Gravidez com esclerose múltipla – Parte 2 – Amamentação e Gestações futuras

A amamentação deve ser encorajada. Não se deve esquecer, porém, dos eventuais efeitos colaterais das drogas utilizadas pela mãe em decorrência da passagem para o leite materno. Corticosteróides podem diminuir o crescimento e interferir com a produção endógena do lactente, embora seu uso não seja uma contra-indicação formal em amamentação. Não há restrições quanto ao uso da imunoglobulina EV. Ciclosporina, mitoxandrone, azatioprina e metotrexato passam para o leite e a amamentação está contra-indicada no caso de uso destas drogas. Com relação ao interferon beta e acetato de glatirâmer, não são descritos efeitos deletérios e considera-se que estas drogas sejam degradadas no estômago do lactente. No entanto, é necessário ter cautela com o uso dessas medicações, uma vez que poucos estudos avaliam seus efeitos no lactente e nenhum deles faz a avaliação a longo prazo. Por se tratarem de drogas com alto potencial imunogênico, existe a possibilidade de que seus produtos de degradação também possam eventualmente alterar a resposta imunológica dos que as usaram no período neonatal. Como regra geral, os efeitos benéficos para a mãe devem suplantar os possíveis riscos para a criança para que seja indicado o uso de tais medicamentos.



Gestações futuras

A história natural da doença deve motivar as mulheres a constituírem sua prole o quanto antes possível, pois este desejo só deve ser retardado nas situações de elevada atividade da doença, até que seja instituída terapêutica adequada com remissão dos sintomas.


FONTE:


Esclerose múltipla e gravidez ( Multiple sclerosis and pregnancy )


Luis Roberto Araújo Fernandes1, Rodrigo Pinto Fernandes2, Yara Dadalti Fragoso3, Umberto Gazi Lippi4


1 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
2 Acadêmico de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
3 MD, MSc, PhD, Departamento de Neurologia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
4 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.

Gravidez com esclerose múltipla – Parte 1 – Curiosidades.

Doenças auto-imunes mediadas por células T como artrite reumatóide e a EM tendem a melhorar durante a gravidez em virtude das alterações imunológicas que esta proporciona. Mudanças no sistema imunológico favorecem a passagem da mediação celular para humoral por meio de um grande estudo multicêntrico e prospectivo, observaram a história natural da EM em mulheres grávidas, estudadas em 12 países europeus, com seguimento até dois anos após o parto.


Com critérios rígidos de avaliação, estudaram 227 gestações com diagnóstico de esclerose múltipla há pelo menos um ano. Verificaram que o índice de recaída em comparação com um ano antes da concepção regrediu 70% durante o terceiro trimestre de gravidez e aumentou nos três primeiros meses do pós-parto, apesar de 72% das pacientes não terem apresentado recaída neste período.

Dessa forma, a avaliação que incluiu um ano de pré concepção, a gravidez em si e o período de um ano após o parto revelou que a ocorrência da gravidez não alterou o índice global de progressão da doença. Observaram também que mulheres que amamentaram tiveram menos surtos da doença, fato este sem uma explicação plausível.

Alguns estudos criteriosos têm demonstrado que não existem efeitos deletérios da EM nos índices de fertilidade, abortamentos, prematuridade ou pré-eclâmpsia, entre outros. Estudos verificaram não serem diferentes da população geral os índices de cesárea, baixo peso ao nascimento, mortalidade infantil ou anomalias congênitas. Embora Dahl tenham descrito maior prevalência de parto induzido, fórceps, baixo peso e altura ao nascimento, estes autores não identificaram maior incidência de defeitos congênitos ou mortalidade neonatal. Ferrero cita maior incidência de anemia e aumento de infecção urinária em grávidas com EM.


Fonte:

Esclerose múltipla e gravidez  ( Multiple sclerosis and pregnancy )

Luis Roberto Araújo Fernandes1, Rodrigo Pinto Fernandes2, Yara Dadalti Fragoso3, Umberto Gazi Lippi4


1 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
2 Acadêmico de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
3 MD, MSc, PhD, Departamento de Neurologia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.
4 MD, MSc, PhD, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES – Santos (SP), Brasil.

domingo, 13 de setembro de 2009

Informações uteis

Olá ! Mais alguns esclarecimentos .

Como ja sabem a EM é doença do sistema nervoso central. São placas brancas que se formam quando a bainha de melina é danificada.

O que você sente?
Problemas visuais, distúbios de linguagem, de equilíbrio, da marcha, da força, fraqueza transitória no início da doença e dormências, podendo varias de indivíduo para indivíduo.

Como faz o Diagnóstico?
Ele é feito por um neurologista. Ele fará um exame clínico e solicitará outros exames, tais como a ressonância magnética, líquido cefalorraquidiano, potencias evocados e outros. Com o resultado destes exames, o médico terá condições de fechar um diagnóstico e confirmar ou não a EM.

Qual o tratamento?
Existem alguns medicamentos prórpios e cada um é indicado para um determinado caso. O médico analisará e indicará o mais apropriado para o caso.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quem somos? O que queremos?


Somos um grupo de 4 estudantes que está criando uma ONG através de um trabalho escolar e escolhemos divulgar através dele a Esclerose Multipla.

Que issooooo?

Esclerose múltipla (Em) é uma doença inflamatória que não tem cura e extremamente invasiva. Atinge as fibras nervosas responsáveis pela transmissão de comandos do cérebro para as várias partes do corpo, provocando um descontrole interno generalizado.

Ha?

Em outras palavras, é uma doença neurologiaca que nela é como se as fibras nervosas não se interliguem direito, porque há uma inflamação. Com isso ocorre uma serie de probleminhas pela falta de comunicaçao do sistema nervoso, entre elas : fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora.

Porque escolhemos a Esclerose Multipla?

É uma doença extremamente importante e pouco conhecida. Não devemos estar por fora dela , pois quanto mais rápido tomarmos medidas, menos chances de ocorrerem sequelas. NÃO TEM CURA e normalmente ocorre em pessoas entre 20 e 45 anos, na maioria mulheres.